
O ESPN.com.br mostrou na última segunda-feira que Tite tem 18 nomes que são praticamente certos na convocação para a Copa do Mundo do ano que vem – 17 convocados em todas as oportunidades e mais Gabriel Jesus, que só ficou de fora agora por lesão.
Mas a história recente mostra que quem não está na lista está muito longe de ter motivos para desistir. Nas últimas Copas, o Brasil sempre teve alguém que apareceu de última hora e acabou carimbando uma vaga no Mundial.
Em 2014, por exemplo, ninguém esperava que o zagueiro Henrique, então no Napoli-ITA, fosse convocado. Mesmo assim, acabou bancado por Felipão, principalmente por já ter trabalhado com o treinador e por poder fazer duas funções em campo – atuava também como volante.
A convocação também pegou de surpresa o lateral-direito Maicon, que enfrentava problemas pessoais, não esperava estar na Copa e até se emocionou ao ser chamado.
O Brasil não disputou a eliminatória por ser país-sede. Mas, além de Maicon e Henrique, outros cinco jogadores acabaram convocados para o Mundial mesmo sem terem disputado a Copa das Confederações no ano anterior: Fernandinho, Maxwell, Ramires, Willian e Victor.
Em 2010, Dunga também surpreendeu em sua lista final. Principalmente com Kleberson, que então defendia o Flamengo e não era nem cotado para ir à Copa do Mundo.
Outra ‘inovação’ foi com Michel Bastos, convocado como lateral-esquerdo mesmo jogando sempre como meio-campista na França.
Na frente, Grafite teve a chance em amistosos antes da Copa, balançou as redes e convenceu de que merecia a chance no lugar e Nilmar e Ricardo Oliveira, que vinham sendo convocado com uma frequência muito maior.
Na Copa de 2006, o grupo até parecia fechado, mas o menino Fred começou a jogar muito com a camisa do Lyon e cavou sua vaga mesmo sem ter tido jogado muito anteriormente. Na lateral-esquerda, aconteceu quase o oposto: Gustavo Nery caiu de desempenho e acabou abrindo espaço para Gilberto.
Os goleiros reservas também acabaram surpreendendo, principalmente porque Rogério Ceni e Júlio César foram chamados em detrimento do palmeirense Marcos.
Em 2006 e 2002, a seleção ainda acabou tendo uma vaga aberta de última hora por conta de lesões. Melhor para Mineiro (2006) e Ricardinho (02), convocados nos lugares de Edmilson e Emerson, respectivamente.
Aliás, a última seleção brasileira campeã do mundo talvez tenha sido aquela que mais teve novidades. À época, Felipão peitou os pedidos da torcida e ‘barrou’ o meia Alex e o atacante Romário para chamar o então menino Kaká e o já veterano Luizão.
Mais que isso: bancou as convocações dos volantes Gilberto Silva e Kleberson, ambos revelações. Os dois estrearam pela seleção no ano da Copa e acabaram como titulares no meio de campo do penta.
Por Igor Resende, do ESPN.com.br